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Macondo, Garcia Marques, Brazil
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terça-feira, 20 de julho de 2010

PRECONCEITO

Vejam só o que é o preconceito. Hoje, lendo as notícias do G1 como sempre faço, deparei-me com a seguinte notícia: TOP TRANSEXUAL BRASILEIRO SAI NA ‘VOGUE’ FRANCESA. Foto do lado esquerdo, não se confundam. Beleza. Matéria vai, matéria vem, em determinado momento diz-se que a top (por que a matéria diz “brasileiro”? – o preconceito começa aí...) chamada Léa T. (T de quê???) seria filha de um famoso jogador brasileiro. Um link leva à página de um outro jornal, o Extra, também do Grupo Globo, assim como o G1, mas isso todo mundo sabe... E, adivinhem quem é o tal pai da bela moça? Antônio Carlos Cerezo. Quem? Toninho Cerezo, o feioso aí do lado direito (novamente, não se confundam, as imagens são bastante parecidas), ex-jogador do São Paulo, América Mineiro, Cruzeiro e, principalmente, Seleção Canarinho e Atlético, onde ficou por mais de dez anos e onde encerrou sua carreira. Beleza. A matéria não me chamaria muita atenção não fosse a beleza da travesti, que passa tranquilamente como mulher. Então, resolvi citá-la aqui. E não é que, ao clicar na foto da menina para salvar no computador deparei-me com a tela abaixo que já indica o nome do arquivo??


A matéria que está no “Retratos da Vida”, nome que é a cara da Globo, encontra-se em uma seção assinada pelos senhores Leo Dias, Carla Bittencourt e Nilton Carauto que chamam a jovem moça peloinsultuoso termo “traveca”. Não poderia ser, pelo menos, travesti, que não é nada pejorativo? Por que não poderiam chama-la de “moça”, ou “Lea T.”? Em uma matéria na mesma página, a foto da Déborah Secco está identificada como “Debi”. A atriz global merece um nome, mas uma travesti não tem o mesmo direito? Já não basta o pai ter dito, tempos atrás, que tinha apenas 3 filhos - na verdade, são 4 - temos um veículo de comunicação de massa participando da disseminação do preconceito.


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