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Macondo, Garcia Marques, Brazil
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terça-feira, 13 de julho de 2010

Aidez, ma chère amie!

O Dia Mundial do Rock completa hoje 25 anos, mas o rock é mais, muito mais!, velho do que isso. A história conta que sua origem remonta ao fim da década de 40 e início dos anos 50 nos Estados Unidos, onde tudo nasceu – menos Deus, que é brasileiro. Nos anos seguintes, uma série de ramificações fez com que o gênero se espalhasse pelo mundo. Mas o rock nasceu antes, muito antes.

Vejamos:

1 - Neste mesmo dia 13 de julho, em 1793, Charlotte de Corday, descendente de uma família da pequena aristocracia da Normandia, educada em um Convento Católico-Romano em Caen, também em França, entra na casa do líder revolucionário francês Jean-Paul Marat e o mata enquanto ele está na banheira. Ele era um dos mais importantes defensores da política do Terror instaurada naquele país pelos jacobinos, e morreu com uma faca no coração implorando: Ajude-me, cara amiga - na verdade, foi em francês, mas a frase é tão bonita que preferi utilizar no título desta postagem. Quatro dias depois, Charlotte de Corday foi guilhotinada. Isso é rock.

2 – Em 1917, ocorre a terceira aparição de Virgem Maria às meninas de Fátima, em Portugal. Isso é rock!

3 – Em 1945, o ano que não será esquecido, é montada a primeira arma nuclear da História, chamada Trinity, num deserto do Novo México, Estados Unidos, onde tudo nasceu – menos o Papa João Paulo II, que era carioca. Estávamos – na verdade, eu não apareci por lá – na Segunda Guerra Mundial: Projeto Manhatan. Isso é rock!!

4 – Em 1985, nasce o Dia Mundial do Rock, durante um show – deve ter sido um parto barulhento... - o Live Aid, em prol das vítimas da miséria na Etiópia. Os shows foram realizados em Sydney, Londres, Moscou, cidades do Japão e, adivinhem, Filadélfia, nos Estados Unidos, onde tudo nasceu, menos Serguei Nazarovich Bubka, ucraniano que, no mesmo dia, foi o primeiro homem a ultrapassar os 6 metros no salto com vara. Serguei. Ui! Rock!!!!!!!!

Mas se formos analisar a história com o Hubble, chegaremos à conclusão que o rock ainda é bem anterior a isso. O rock, acredita esse retrovisionário bloguista, nasceu durante a idade do bronze, no momento em que um daqueles cabeludos, ao deixar cair aquela mistura entre cobre e estanho sobre uma rocha, percebeu que aquele troço fazia um som legal.

Mas não há muito o que comemorar neste dia. Mesmo que os Trending Topics do Twitter – onde o espaço é pequeno demais para os meus desvarios – sejam dedicados a esta data, com citações a Iron Maiden, Led Zeppelin, Raul Seixas, Rolling Stones, Metallica, Sepultura e Eliza Samudio – ela é rock – o gênero, se não morreu, está moribundo, desde que Cobain matou o grunge com um tiro na cabeça e eu percebi que o xadrez não ficava bem em mim. E o Pearl Jam, remanescente daquele movimento, acaba de anunciar uma pausa por tempo indeterminado sem que eu fosse a um show seu. O Pearl Jam nasceu nos Estados Unidos.

Pelo menos o assunto foi o rock. Não foi o julgamento de Lindsay Lohan, não foi o piano de Lennon que Lady Gaga tocou em roupas íntimas, e até falaram menos sobre o goleiro do Flamengo, também conhecido como Bruno. Este é heavy metal, Black Sabath perde feio, e Ozzy Osbourne morder a cabeça de um morcego torna-se um inocente  coadjuvante de desenho da Disney. Por sorte, nossa sorte!, Ana Maria Braga não mudou o penteado, não hoje, Geyse Arruda não deu nenhuma declaração bombástica, Justin Bieber continuou com a mesma dancinha de lagartixa com dor de barriga - desculpe-me pequeno geconídeo - e Luan Santana continua vesgo demais para conseguir encontrar uma veia em seu braço e tornar-se um rock star. Não. Eles não nasceram nos Estados Unidos, mas o último bem que poderia se mudar pra lá.

Mas o rock volta, ele sempre volta, pra fazer ainda mais barulho e fazer as pedras rolarem.


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