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Macondo, Garcia Marques, Brazil
Não sei quem sou. Se soubesse, não estaria escrevendo. E você também não sabe quem é. Se soubesse, não estaria lendo.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

MININO HOMI OU MININA MULÉ?


Depois de alguns meses de ausência – passei minhas férias no Caribe, Ásia Central e Europa Setentrional, aproveitando para dar uma passada em Ipatinga, longe pra cacete – e longe da internet (alguém poderia me atualizar e dizer quem ganhou as eleições nos Estados Unidos ou o campeão do Torneio Internacional de Par ou Ímpar?), retorno e vejo que notícias sem interesse continuam sendo as mais interessantes. Ou seja, o Big Brother vem aí!!! Mas não é isso o que mais me chamou a atenção em meu retorno – é claro que nos próximos posts eu terei que falar sobre o BBBBB (Big Brother Brasil: Bundas e Bissexuais – mas a notícia, incrível(?) de um bebê fotografado através de um exame de ultrassom fazendo um V de vitória, ou paz e amor, como querem alguns. A pobre mãe já tivera uma série de abortos e este gesto seria um sinal de que tudo daria bem (ai, ai!) como realmente ocorreu. Nelson Rodrigues disse uma vez: Deus está nas coincidências. Para os gregos, Deus estaria na matemática. Outros dizem que Deus está em todo lugar, mas, se for assim, como Maria pode ser virgem?? Para mim, o neófito Dammy Urgo, Deus está ocupado, por isso nem ficou sabendo dessas coisas. A criança nasceu saudável, embora os jornalistas responsáveis por divulgar uma notícia tão interessante (estou sendo sarcástico) devem estar com problemas mentais. Aliás, aproveitando o assunto, creio que o uso da ultrassonografia (ou ecografia) tem andado um tanto quanto fora de mora, a não ser que seja utilizado como acompanhamento do crescimento da criança e as possíveis doenças. Pois, para verificar o sexo (é minino homi ou minina mulé, dotô?), perdeu o sentido. Ultimamente, não se aufere o sexo pelo negocinho ou pela negocinha. É preciso aguardar que o cerumano (nova definição do homem, indistintamente de ter negocinho ou negocinha) complete quinze anos e, só então, perguntamos do que ele gosta (às vezes, não precisa nem perguntar, as bandinhas de rock colorido estão aí para confirmar...). Só assim saberemos seu gênero sexual. Ainda assim, a definição de homi ou mulé tem validade limitada. A pergunta precisa ser feita a cada cinco anos, ou menos, em alguns casos. Muda-se de opção da noite para o dia: um dia, o cerumano quer comer uma rabada, noutro dia, ele prepara a rabada. Vá lá entender o que acontece na cabeça desse pessoal. E o próprio menino que fez um V de vitória de repente só estava querendo dizer que corta dos dois lados...