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Macondo, Garcia Marques, Brazil
Não sei quem sou. Se soubesse, não estaria escrevendo. E você também não sabe quem é. Se soubesse, não estaria lendo.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

AS REGRAS DO JOGO ESTÃO EM JOGO

Não sou petista, peemedebista, tucano ou outra ave ranfastídea. Também não sou comunista nem socialista, embora seja democrata (na acepção grega da palavra, não na acepção DEMoníaca com a qual a mesma hoje se apresenta). Aliás, eu nem sei quem sou, mas sei que tenho direito de me manifestar, de reclamar, de não permanecer calado para que meu silêncio não seja usado contra minha defesa. Por isso, não posso deixar de registrar minha surpresa com a notícia de que o agrupamento petista (existem mesmo partidos no país?) tenha entrado nesta data, NESTÍSSIMA DATÍSSIMA, restando tão somente 9 dias para o pleito (que ultimamente tem tido mais o sentido de litígio…) com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Superior Tribunal de Justiça contra a o artigo 91-A (quando uma lei começa a ter muitos artigos com sub-subs, como A, B ou C é sinal de que já foi remendada demais…) da Lei 9.504/97, vulgarmente chamada de Lei das Eleições (que lei é essa que muda todo ano?).


O citado artigo exige a apresentação do Título Eleitoral e de um documento oficial de identidade compalhaço foto antes de ser habilitado a votar. O ex assessor da Lady Kate fala isso todo dia na TV. Eu sempre fui contra este artigo, como a maioria, pois o eleitor SEMPRE pôde votar apenas com o título ou apenas com a identidade. Não se muda uma tradição criada em 1988 (memória mais longínqua que tenho) com uma ou duas canetadas. É preciso tempo, e um ano não é suficiente, para que possamos nos acostumar. Mas por quê, ó senhor!, por quê diabos, a apenas 9 dias do pleito, a agremiação partidária resolveu entrar com uma ADI  com pedido de liminar (decisão provisória) contra esse artigo? Por quê não ano passado? Por quê não no início do ano? No mês passado?

Ora, pensemos, pois, como bons ruminantes mentais que somos: entre a imensa massa de iletrados que não possuem um, ou outro, ou ambos os documentos, a que classe pertence a maioria?: Alternativa A – Classe A; Alternativa B – Classe B; Alternativa C – Classe C para baixo, incluindo as classes X, Y, Z e Ç? É óbvio que a última alternativa está certa! E dessa massa, dos candidatos que estão encabeçando as listas de favoritos (Tiririca não vale…) em quem vota a maioria? Não, não direi o nome, pois dar nome aos bois já seria dilmais (isso foi um trocadilho muito mal feito…). Assim, o consistório petista (vai lá, corra ao dicionário, eu espero…) quer, tão somente, garantir o alvedrio (cadê o dicionário? não deixou perto? perdeu!) da massa dos iletrados e famintos (não que apenas esses votem em citada confraria) e não correr o risto de disputar um 2o. turno com o outro candidato, que não consegue subir a serra (definitivamente, não sou bom em trocadilhos…).

Pesquisas recentes demonstram que a candidata petista estagnou em determinado patamar, enquanto que os indecisos estão indo para o lado oposto, diminuindo a diferença entre a primeira e os demais, arriscando um sucesso logo de início. Uma abstenção colossal como a que se prevê com a exigência dos dois documentos pode fazer muita, muita falta, para o conglomerado petista. Mas mudar as regras no final do jogo… pode?

(Lá vai César Cielo, pulou na água, são 100 metros, ele é rápido no nado de costas, vai César, vai César, todos juntos rumo ao tetra. Virou, virou César Cielo, e virou bem… Vejam a diferença para os outros nadadores! Espera, a diferença está diminuindo, será que o César está cansado? Mas ele ainda tem chances, o César Cielo vai ficar com a medalha de ouro? A diferença diminui, o segundo lugar está a uma braçada do primeiro… Peraí, peraí!! Pessoal, acabamos de receber um comunicado informando de que as condições da prova mudaram: agora, faltando 9 metros para o término da prova, será nado livre, e o Cielo é imbatível no nado livre. Vai César, vai Brasil, vai pra…).

Chega de parênteses…

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